segunda-feira, 1 de julho de 2013

O bairro municipal – modernidade e tradição!

A problemática do mais antigo dos bairros sociais de Viseu – o Bairro Municipal (também conhecido por Bairro da Cadeia) - já se arrasta há quase uma década. Este espaço é já sinónimo de fatalidade para os viseenses. Uma década foi o tempo que o actual executivo levou para rever o PDM. Em relação ao bairro, dizia em 2006 que "iriam apenas deixar de pé, para memória futura, cinco ou seis casas". Uma década de dívida e de futuro empenhado é quanto, no mínimo, o Governo de José Junqueiro nos deixou. Uma década é quanto Almeida Henriques, se o mandatário o deixar, pede aos eleitores para transformar Viseu na Capital da Dança da Beira Alta. Uma década foi o tempo preciso para do Mercado 2 de Maio hoje nem restar um portão de ferro, mas apenas o nome e a desertificação do espaço. Uma década, quando os problemas de Viseu e dos Viseenses exigem resposta breve. 
Do bairro hoje desapareceram as “belgas”. Os actuais moradores sentem-se desprezados, e as moradias que restam não dispõem das mais elementares condições de habitabilidade. Já na ocasião o CDS defendia a necessidade de integrar as requalificações e obras na vida quotidiana dos cidadãos, garantindo uma harmonia entre o antigo e a nova forma de vive a cidade. Sem tradição, a modernidade não é nada, apenas mais política de betão e de obra nova cujo benefício, tendo em conta o seu custo, não está comprovado, e que tem caracterizado o poder local vigente. 
É este compromisso de urbanidade que o CDS defende e como tal não aceita uma política autista que ignora o património histórico do bairro “enquanto conjunto exemplar de um modelo urbanístico que fez escola, que moldou a paisagem urbana portuguesa e que é importante para a compreensão de uma época e de uma sociedade (…) e manifesta disponibilidade junto dos cidadãos e do executivo para apoiar e encontrar uma solução consiga melhorar a qualidade de vida das famílias que ali vivem naquele espaço tradicional tão raro nas urbes modernas.

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